quarta-feira, 21 de março de 2012

AUMENTO DE PESO, OBESIDADE, OBESIDADE VISCERAL PRINCIPALMENTE, PODE AFETAR O TÓRAX E O DIAFRAGMA, DETERMINANDO ALTERAÇÕES NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA MESMO QUANDO OS PULMÕES ESTÃO NORMAIS.






A obesidade pode afetar o tórax e o diafragma, determinando alterações na função respiratória mesmo quando os pulmões estão normais, devido ao aumento do esforço respiratório e comprometimento do sistema de transporte dos gases. A obesidade, assim como a obesidade intra-abdominal ou intra visceral, pode determinar também a hipertonia dos músculos do abdome e assim comprometer a função respiratória dependente da ação diafragmática, musculo importante para a função respiratória e um dos divisores da áreas cardio respiratória e abdominal. Estudos realizados em indivíduos obesos sem outras enfermidades sugeriram que a complacência pulmonar e da parede do tórax estavam diminuídas devido à deposição de tecido adiposo no tórax e abdome, o que determina consequente aumento da retração elástica e redução da distensibilidade das estruturas extrapulmonares.
A obesidade pode ser classificada utilizando-se o índice de massa corporal (IMC), obtido pela equação peso/estatura2. Foram considerados os intervalos de 30 a 34,9, 35 a 39,9 e > 40kg/m2 como obesidade grau I, II e III, respectivamente. Está bem estabelecido que a obesidade grau III pode alterar os valores espirométricos (aparelho com o objetivo de avaliação da função respiratória), devido ao comprometimento da dinâmica diafragmática e também da musculatura da parede torácica. Entretanto, em indivíduos com obesidade graus I e II essas alterações são muito variáveis, e necessitam de avaliação específica. O objetivo desta avaliação foi o de determinar os efeitos da obesidade grau I e II na função pulmonar. As faixas etárias e estaturas dos indivíduos avaliados não apresentaram diferenças significativas nos diferentes grupos avaliados, o que caracteriza as amostras como homogêneas. Os pesos, IMC, e circunferências abdominais apresentaram diferenças significativas quando comparados os grupos de obesos e de não obeso. A obesidade e a gravidez são causas comuns de CVF ( capacidade respiratória vital forçada) reduzida, porque podem interferir na movimentação do diafragma e na excursão da parede torácica .
Homens obesos saudáveis e, embora neste grupo a faixa etária tenha sido maior e o IMC (índice de massa corporal) discretamente menor, os valores espirométricos encontrados foram semelhantes aos do presente estudo. Embora as anormalidades na função pulmonar, associadas à obesidade, tenham sido descritas há mais de 40 anos, a magnitude dessas alterações apresenta grande variação e pode não haver necessariamente associação com o peso corpóreo e o índice de massa corporal. As alterações na função respiratória mais frequentemente encontradas na obesidade são de dois tipos: alterações proporcionais à obesidade (redução do VRE (volume de reserva expiratória) e aumento da capacidade de difusão) e alterações exclusivas da obesidade grau III (redução da capacidade vital e da capacidade pulmonar total).
A redução do VRE e da capacidade residual funcional na obesidade são devidas a alterações na mecânica da parede do tórax, diminuição da complacência respiratória total, diminuição da frequência de fluxo e do volume pulmonar, e redução do volume residual e de sua relação com a capacidade pulmonar total. No entanto, essa redução não é uniforme entre indivíduos com IMC (índice de massa corporal) semelhantes, isto porque cada ser humano é único, suas condições genéticas, meio ambientes e hábitos também o são.


AUTORES PROSPECTIVOS


Dr. João Santos Caio Jr
Endocrinologista - Neuroendocrinologista
CRM: 20611

Dra Henriqueta V.Caio
Endocrinologia - Medicina Interna
CRM 28930

Como Saber Mais: 
1.Quando se fizer uma triagem de homens com Síndrome Metabólica (sobrepeso, obesidade, obesidade abdominal, obesidade central, obesidade visceral – excesso de gordura intra-abdominal) deve-se levar em consideração se apresenta problemas respiratórios...
http://gorduravisceral.blogspot.com/

2. A obesidade relevante, hipertensão arterial, pode ter como causas mulheres com gravidez em curso....
http://hipertensaoarterial2.blogspot.com/



3. É a quantidade de gordura intra abdominal armazenada, que é mais perigosa...
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AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.


Referências Bibliográficas:
Dr. João Santos Caio Jr, Dra.Henriqueta Verlangieri Caio –Van Der Häägen Brazil – São Paulo – Brasil. 2011, Naimark A, Cherniak RM. Compliance of the respiratory system and its components health and obesity. J Appl Physiol. 1960;15:377-82, Caro CG, Butler J, Dubois AB. Some effects of restriction of chest cage expansion on pulmonary function in man. An experimental study. J Clin Invest. 1960;39:573-83, Lourenço RV. Diaphragm activity in obesity. J Clin Invest. 1969;48:1609-14, Kollias J, Boileau RA, Barlett HL, Buskirk ER. Pulmonary function and physical conditioning in lean and obese subjects. Arch Environ Health. 1972;25:146-50, Vaughan RW, Cork RC, Hollander D. The effect of massive weight loss on arterial oxygenation and pulmonary function tests. Anesthesiology. 1981;54:325-8, Whipp BJ, Wasserman K. Exercise. In: Murray JF, Nadel JA, editors. Textbook of respiratory medicine. 2nd ed. Philadelphia: W.B. Saunders; 1996. p., Gilroy RJ, Mangura BT, Lavietes MH. Rib cage and abdominal volume displacements during breathing in pregnancy. Am Rev Respir Dis. 1988;137:668-72, Sharp JT, Henry JP, Sweany SK, Meadowos WR, Pietras RJ. The total work of breathing in normal and obese men. J Clin Invest. 1964;43:728-39, Laurier D, Guiguet M, Chau NP, Wells JA, Valleron AJ. Prevalence of obesity: a comparative survey in France, the United Kingdom and the United States. Int J Obes Relat Metab Disord. 1992;16:565-72, Crapo RO, Morris AH, Clayton PD, Nixon CR. Lung volumes in healthy nonsmoking adults. Bull Eur Physiopathol Respir. 1982;18:419-25.David Douglas, 3 DECEMBER 2009 – REUTERS HEALTH -NEW YORK JOURNAL OF CLINICAL ENDOCRINOLOGY & METABOLISM – NOVEMBER 2009, Senior Investigator Dr. Andrea Dunaif of Northwestern University, Chicago and Colleagues.

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